domingo, 29 de junho de 2008

É alma.

"Eu não tenho enredo de vida? sou inopinadamente fragmentária. Sou aos poucos. Minha história é viver. E não tenho medo do fracasso. Que o fracasso me aniquile, quero a glória de cair. Meu anjo aleijado que se desajeita esquivo, meu anjo que caiu do céu para o inferno onde vive gozando o mal".

(Clarice Lispector)
And now, Joseph?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

É de Clarice, mas hoje é meu.

"Se tudo existe, então eu sou. Mas por que esse mal estar? É porque não estou vivendo do único modo que existe para cada um de se viver e nem sei qual é. Desconfortável. Não me sinto bem. Não sei o que é que há. Mas alguma coisa está errada e dá mal estar. No entanto estou sendo franca e meu jogo é limpo. Abro o jogo. Só não conto os fatos da minha vida: sou secreta por natureza. O que há então? Só sei que não quero a impostura. Recuso-me. Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado".

Não é sangue de menstruação.

Eu vou engolindo tantas coisas, engulo naturalmente como quem engole saliva, mas de uns dias para cá me veio a necessidade de engolir a perfeição, entrou disforme, talvez amorfa, quiçá inexistente. E teve um gosto ácido, corrosivo de corrosiva, e o sentido cada vez mais distante, viajando no meu sangue, e se distanciando do meu coração, mas ele volta. Ele volta porque "o sentido dele está em ti, Maria". Eu ouvi, ouvi com ouvidos de coração, que Vinícius nos falava da solidão, ouvi e guardei numa caixinha, pra misturar com o sangue depois, para ver se de alguma forma aquilo não me deixasse nunca, se entranhasse em mim, nem que abrisse milhares de feridas, mas que entrasse, inflamasse, produzisse pus, e doesse, mas doesse muito, de modo que eu me sentisse viva, e que soubesse que isso é pele, é sangue, é suor, e não só árvore e carvão. Então foi noite logo, e já era dia, e foi noite mais uma vez, e outra mais, e mais, e mais, nada sangrou, nem doeu, somente esta despersonalização sem fim, monstruosa, enorme, que já não me deixa sentir nada, e nada sangra, nem se renova, nem inflama. Logo agora, que eu me sinto capaz de lamber minhas feridas.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Necessário

E de tudo isso resta o sentido, aquele da espera, a espera pelo sentido das coisas. Só sei que existe, em algum lugar eu sinto, e dentro de mim lágrimas quentes, como algumas noites, vão enchendo cada espaço mas não transbordam, só nas vezes que eu me transformo em água, secando logo. Então no mundo eu tive, e tenho, que transar de tantas coisas. Menina, tão assim, tão assim...

Uma vez mais.

Porque sente, não sabe como, simplesmente sente que seus olhos marejam por qualquer coisa, e que lá no fundo nada anda fazendo sentido direito.

piece

Quando você sabe que está mal, tristeza boba apertando dentro do peito, em busca de qualquer sorriso de qualquer pessoa, ou qualquer piada sem graça, que ainda sim você sabe que irá rir.

Por causa de você

Pois você passa e não me olha
Mas eu olho pra você

Você não me diz nada
Mas eu digo pra você

Você por mim não chora
Mas eu choro por você

sábado, 21 de junho de 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sorry

I don't wanna hear
I don't wanna know
Please don't say sorry

domingo, 15 de junho de 2008

O tempo passa.

Conversando frivolidades.

=D

sábado, 14 de junho de 2008

Filme

"Aqueles casais que se ignoram na vida e se cantam no bar".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

São tudo pequenas coisas e tudo deve passar...

Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui

Né?

Chutar o pau da barraca
Se jogar

E se lembrar que existe segunda-feira.