A possibilidade, digo habilidade de fazer escolhas é uma arma perigosa, ou será que nossa consciência que é perigosa? A ALMA DA GENTE É UMA MÁQUINA COMPLICADA. Eu sei que isso não vai passar nunca.
Acontece que todos os dias eu dou um passo à frente e não sei mais quem eu sou, me perco, é como se me vendassem por dentro. O lugar-comum de tudo que me está entranhado nos poros é a minha habilidade de não encontrar respostas.
Beijos.
Bárbara Sotero.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
O quereres
Eu queria querer-te e amar o amor
construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação
tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
e vê só que cilada o amor me armou
-Caetano Veloso-
construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação
tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
e vê só que cilada o amor me armou
-Caetano Veloso-
domingo, 27 de julho de 2008
Queixa
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Ondas, desejos de vingança
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança
Contra a tua dureza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
-Caetano Veloso-
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Ondas, desejos de vingança
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança
Contra a tua dureza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
-Caetano Veloso-
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Jorge de Capadócia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge, para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem.
terça-feira, 22 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Os punhos e os pulsos cortados
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes.
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes.
Que nada aconteceu
Ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser.
Ela diz que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Qualquer Coisa
Esse papo já tá qualquer coisa
Você já tá pra lá de Marrakech
Mexe
Qualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doida
Dentro mexe
Não se avexe não
Baião de dois
Deixe de manha, 'xe de manha, pois
Sem essa aranha! Sem essa aranha!
Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carro
Nem o sarro aranha a Espanha
Meça: Tamanha!
Meça: Tamanha!
Esse papo seu já tá de manhã.
Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer
coisa
E você tá pra lá de Teerã
-Caetano Veloso-
Você já tá pra lá de Marrakech
Mexe
Qualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doida
Dentro mexe
Não se avexe não
Baião de dois
Deixe de manha, 'xe de manha, pois
Sem essa aranha! Sem essa aranha!
Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carro
Nem o sarro aranha a Espanha
Meça: Tamanha!
Meça: Tamanha!
Esse papo seu já tá de manhã.
Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer
coisa
E você tá pra lá de Teerã
-Caetano Veloso-
terça-feira, 15 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
Canto de Ossanha
O homem que diz "dou" não dá, porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai, porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é, porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá, porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer
Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
-Vinícius de Moraes-
O homem que diz "vou" não vai, porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é, porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá, porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer
Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
-Vinícius de Moraes-
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Metade
O modo como eu sacudo os cabelos e leio, como se eu não estivesse só em momento algum, já que eu possuo, sou dona, senhora absoluta de minhas idéias, pelo menos tento acreditar nisso, e nesse momento exato, parece que que renasço, renasço porque o sono não vem, e vejo que minha matéria não controlo, não sou dona, muito menos senhora absoluta, quem é que pode se dizer dono de tamanha efemeridade? Há tempos escrevi sobre o passado, e ele me foi efêmero, então hoje leio coisas que me invadem a pele, eterno desejo por um sentimento que se entranhe, mas eu amo, amo de amor branco, amo momentos efêmeros, amo, amor de quem tem dúvidas, de quem por vezes é incrédula demais, mas não me venha falar de niilismo, minhas dúvidas são outras. E eu continuo sacudindo os cabelos enquanto leio, assistida, assistido o meu desejo pela metade, bem como meu sorriso, meio sorriso, meia boca impressionada.
Scrapbook
"I've grown certain that the root of all fear is that we've been forced to deny who we are." -- Frances Moore Lappé
domingo, 6 de julho de 2008
Direto do livro.
Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
-Clarice Lispector-
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
-Clarice Lispector-
sábado, 5 de julho de 2008
Sem razão.
Vou
Não vou
Paro
Penso, repenso
Vou
Não vou mais uma vez
Icógnita
Vou
É merecido
Vou não
Minha nossa senhora
Perguntas
Vou fazê-las
Vou não
E aquilo? Passou
Vou
Não vou
Reciprocidade
Te aqueta, menina!
Vou
Não vou.
-Bárbara Sotero-
Não vou
Paro
Penso, repenso
Vou
Não vou mais uma vez
Icógnita
Vou
É merecido
Vou não
Minha nossa senhora
Perguntas
Vou fazê-las
Vou não
E aquilo? Passou
Vou
Não vou
Reciprocidade
Te aqueta, menina!
Vou
Não vou.
-Bárbara Sotero-
sexta-feira, 4 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Minha cara.
Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua
-Lenine-
Devo estar
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua
-Lenine-
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