Mas a poesia deste momento
Inunda minha vida inteira.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Movimento
Aquela certeza absurda, aquela que faz tanta coisa não caber nas minhas caixas. Aquelas caixas de humor que gasto corriqueiramente, e aquelas outras preciosas, que são só minhas, e de minha serventia. Que me faz ter tantas outras faces, e já não reconhecer meu rosto. Tentei não chorar, doeu mais, doeu muito. Doeu tanto que sentimentos aos montes comprimiram meu peito. Tudo apertou, muito, como nunca sentira antes. E foi tanto que molhou-me os olhos, o rosto, a boca, molhou-me inteira.
Escorri, pinguei, molhei.
Transformei-me em água. E sequei.
Escorri, pinguei, molhei.
Transformei-me em água. E sequei.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
O buraco
Pensei, pensei, pensei muito
E acabei engolindo essa folha de papel
Quebrando a ponta do meu lápis
Freiando minhas palavras
Comprando um livro novo
Que eu não li, não pude
Fechei meus olhos, pensei de novo
Marasmo, sentimento, incômodo.
E acabei engolindo essa folha de papel
Quebrando a ponta do meu lápis
Freiando minhas palavras
Comprando um livro novo
Que eu não li, não pude
Fechei meus olhos, pensei de novo
Marasmo, sentimento, incômodo.
Dois Barcos
É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto os teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
-Marcelo Camelo-
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto os teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
-Marcelo Camelo-
domingo, 18 de novembro de 2007
Volta pra casa, Maria.
Volta pra casa, Maria, e me diz tudo o que você aprendeu. Volta, Maria, volta. Não só volta, como me diz o que você agora sabe sobre os seres humanos. Se eles são algo além de uma máquina de fazer decepções. Mas por favor, Maria, volta. Vem dizer pra mim para eu não chorar, vem dizer que um dia tudo se resolve, vem me dizer que os humanos não são tão maus assim. Volta, Maria, não só volta, como também aquieta essa alma que hoje diz ter medo. No entanto, diz porque acordou com medo, hoje. Volta Maria, volta. E quando chegar não diz que se assustou comigo, não diz que eu já não sou a mesma, diz que entende eu não entender os humanos, muito menos as pessoas grandes. E diz pra mim que eu não sou uma pessoa grande, e você também não, porque eu lhe abraço com carinho, e digo que lhe entendo também, e que a gente não precisa temer os humanos. Embora todo dia, eu veja um ser humano refletido no espelho. E convenço minuto a minuto, que eu não compreendo o ser humano mais próximo, e mais provavél que uma pessoa entenda, eu. Cala essa boca, Maria, e volta pra casa. Volta, Maria, volta.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
domingo, 11 de novembro de 2007
Sábias palavras de um sábio senhor.
Foi sem muito pensar que algo dentro de mim, hoje, me pedia para enxergar além (ou aquém) do que eu suponho existir nesse misto de sentimentos bons, ruins, estranhos, fortes e fracos. É que eu acordei agora, nem tomei um café bem preto, e ainda estou fraca, pois dormir (no meu caso) é necessidade de quem precisa sonhar. Mas foi porque ninguém me avisou que um dia você acorda, olhos perdidos no vazio, pensamento esquisito, sentimento apertando dentro do peito, e, não tão impressionante, vontade de não sumir, muito menos fugir. Vai ver é típico de quem quer e gosta de viver, quando viver é tanta coisa ruim, e tanta coisa boa também. É como eu disse "é tanta coisa ruim no mundo que maltrata, sabe?".
Não tem problema, de tarde, ou quem sabe amanhã, eu mudo meu modo de pensar. Já dizia Heráclito "Tudo flui", Maria da Graça.
Não tem problema, de tarde, ou quem sabe amanhã, eu mudo meu modo de pensar. Já dizia Heráclito "Tudo flui", Maria da Graça.
sábado, 10 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Merda
Eu já cai
Já tô no chão
E tô torcendo pra você ficar na merda
Como eu também estou nessa merda
Então por que não ficar aqui?
E se você estiver na água
E não souber nadar
Eu vou te jogar uma pedra
Pra você segurar
Pra você ficar ciente de onde é seu lugar.
-Mombojó-
terça-feira, 6 de novembro de 2007
O outro lado
"Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver".
Então, assim como o que surge do nada, algo (ou alguém) me pede que tente enxergar o outro lado, em frente a esse empirismo pessimista. Boa idéia? Sim, sempre!
Mas é que o outro lado nega (ou pelo menos anula) tantas coisas. A bem da verdade, ela própria pode ser um grilhão que nos prende ao passado, e nos faz parecer animais circenses. E hoje mesmo eu escrevi, "eu não quero viver de passado". Irônico, não? No entanto, que é a vida senão ironias?
Ou apenas um vazio existencial, seguido de momentos tão intensos, tão cheios de vida, tão cheios de si, tão cheios de mim, tão cheios de ti. Posteriormente, tão cheia de tudo, tão cheia da vida, tão cheia de mim mesma! E eu sei que meus braços são curtos demais para que eu possa abraçar o mundo. Vai ver eu nem quero. É porque eu queria mudar, e mudei. Fiquei muda.
Procurando a estação, esperando, esperando, esperando o trem.
O outro lado, é a minha eterna espera pelo sentido das coisas. Porque eu não estou tomando cuidado com as grandes ocasiões, aquelas em que estamos cheios de dor, ou de vaidade. De uma vez por todas: não estou.
Então, assim como o que surge do nada, algo (ou alguém) me pede que tente enxergar o outro lado, em frente a esse empirismo pessimista. Boa idéia? Sim, sempre!
Mas é que o outro lado nega (ou pelo menos anula) tantas coisas. A bem da verdade, ela própria pode ser um grilhão que nos prende ao passado, e nos faz parecer animais circenses. E hoje mesmo eu escrevi, "eu não quero viver de passado". Irônico, não? No entanto, que é a vida senão ironias?
Ou apenas um vazio existencial, seguido de momentos tão intensos, tão cheios de vida, tão cheios de si, tão cheios de mim, tão cheios de ti. Posteriormente, tão cheia de tudo, tão cheia da vida, tão cheia de mim mesma! E eu sei que meus braços são curtos demais para que eu possa abraçar o mundo. Vai ver eu nem quero. É porque eu queria mudar, e mudei. Fiquei muda.
Procurando a estação, esperando, esperando, esperando o trem.
O outro lado, é a minha eterna espera pelo sentido das coisas. Porque eu não estou tomando cuidado com as grandes ocasiões, aquelas em que estamos cheios de dor, ou de vaidade. De uma vez por todas: não estou.
domingo, 4 de novembro de 2007
Tecnicamente.
É que eu fui, sem saber se iria voltar. Eu fui, sem saber se ainda seria a mesma. Eu fui, porque queria mais. Eu fui, porque o que às vezes bastava, no final da história não valia nada (ou pelo menos eu pensava assim). Pensava, porque pensava mesmo. E mesmo assim, compartimentos vazios e cheios existiam. Necessidade de enchê-los? Sempre! Afinal, ser humano como qualquer outro, eu erro, e erro muito, e aprendo, ou não aprendo também com meus erros. Mas eu pensava, porque pensava mesmo. Mesmo assim não completava. Mas como eu já disse tantas vezes pra mim, e tantas outras me disseram, mudar, crescer, dói, e muito. Mas e a maneira que arrumamos para fazer isso? Levamos em consideração? E dessa forma, mil e tantas perguntas acumulam-se, cada vez mais, e mais intensamente. Só não se destrua, construa!
Cabeça vazia, oficina do diabo. Cabeça cheia, também.
Cabeça vazia, oficina do diabo. Cabeça cheia, também.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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