terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ao que se inicia, o ovo.

Maria, escrevo para dizer que hoje me sinto um jiló, que estou me sentido tão só e que queria apontar pra fé e remar, mesmo sem saber a direção. Escrevo para dizer que o faço quando estou triste, e lhe escrevo porque a minha memória é boa. E que você, Mariazinha, é o que penso ser branco dentro de mim. O branco que eu procuro nas cores escuras que poluem tudo, sem pena e sem consequência. Maldito preto, maldito roxo, malditos marrom e azul marinho. Mas você, Maria, é branca. E a realidade, Maria, é louca. E o Ás de Copas é uma lembrança viva, ou uma ferida que não cicatriza, ou aquilo que me faz entender o bem querer. O Ás de Copas é bom. Eu te amo, Ás de Copas. Maria, não perca tempo tentando definir aquilo que não se pode definir, é frustrante. Faz lembrar o Ovo e a Galinha. Eu te amo, ovo. E você, não você, digo você, é algo que está preso, fere, dói, machuca. Transforma em pedaços, quebra.
Maria, ao final eu sou um resumo de tudo que eu já escutei. Transfiguração.

Então some isso à minha vontade de viver.

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