terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Um antiquário imenso desse amor

Meu amor é branco, é branco porque é só meu, e é só meu porque é o que me faz dar atenção só a mim, e de tão cheio de mim as vezes parece cheio demais, parece que vai explodir, e essa explosão acaba pintando as cores desse prisma nas paredes do quarto, e essas cores mostram o quanto sou normal, mesmo que possua brancura no amor, e esse amor é branco, tão branco que de preto se pinta e diz querer o mal, o mal que se resume a um mal estar passageiro, mas tão passageiro, efêmero, como o sentimento que rege cada passo que se dá, passos esses desprovidos de caminho, caminho esse que acaba numa estrada muito além do que se vê, estrada essa marcada por frases que eu escrevo em árvores, terras e nuvens, essas últimas difíceis de alcançar, de sentido tal que eu não seria capaz de dizer aqui, e o aqui é uma música que ouço e me faz sentir bem, porque eu era antiga, quando eu era antiga eu achava graça em tantas coisas, quando eu era antiga.

Um comentário:

Aldemir Suku disse...

Cê escreve legal, gostei dos lances da cor do amor.
Acho que a cor mais colorida
e o branco,
sim! Branco de tua pele
da parede esmaecida
branco da nuvens
dos dentes escovados.
O Branco das idéias.

Belo texto!!!

Aldemir Suco