Ter no mundo, ser o mundo. Porque eu sei da piscina, e nos últimos tempos é preciso saber de tantas coisas. Seres humanos surpreendendo, tão vermes, tão lindos, tão sujos, tão amáveis. Então vens para me dizer das pílulas, remédios, não a soma, e sim aqueles que são, ou pelo menos parecem ser, músicas, os olhares cheios de si, cheios de mim também, porque alguém costuma encher todos os lugares, de algo que completa, talvez um sentimento, uma névoa prateada, a piscina, a margarina. E esse jeito de andar que não me é estranho me incomoda. Aquela garota das experiências vem me visitar de tempos em tempos, um dia ela me disse que são precisos dois ou três acordes para fazer um torpor. Eu não acreditei, ainda. Há quem diga das confusões que sou capaz de causar, eu também não acreditei, ainda. O amor branco não me deixou, e sendo assim eu acordo, paro, penso, penso, penso tanto, e concluo que me enojas, enojas até àqueles de amor branco, não ouso dizer isso ser bom ou ruim. Eu sou o mundo, o mundo é meu, e essa não é uma ocasião de vaidade, é a verdade. E eu não estou cheia de dor, porque esse limite vai além da dor que já nascemos com ela, intrínseca, atávica, a dor que nunca vai sair de dentro da gente, a dor que nos acompanha desde a luz. A dor do costume.
Confesso que pensei em mudar, no entanto calma, eu não te faria esse agrado. Eu não presto.
domingo, 20 de janeiro de 2008
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