Eu, menina. Eu, criança.
Vivendo, eu. Foi quando disse que não mais saberia dizer o que quero. Porque de repente tudo mudou, e ninguém me avisou nada. Foram tantos sentimentos, tantas sensações, explosões, o mundo virou de cabeça pra baixo, o mundo girando, na verdade ainda o faz. No entando, menina, não te preocupes. É que ela quer muito, um querer sem rumo, sem sentido, sem ocasiões, um querer bem, um querer mal. Uma vontade de abraçar o mundo não importando os braços serem curtos demais. A calçada, o vinho, os cigarros, a pessoa, que também quer demais, e que é tão diferente nas semelhanças. A casa, o espelho, a cerveja, Caetano Veloso, a conversa, o riso solto, e a pessoa tão despreocupada, tão bela. O pátio, a cerveja cara, a proibição, a paciência, as melhores sensações, o céu do meu Recife, o som do meu Recife e a pessoa explicável. A casa, as pessoas mais lindas, as músicas erradas, a dança, a felicidade, os sorrisos e o amor acima de tudo. Compreensão, menina, compreensão. A rua, o samba, a roda, as bebidas, o incômodo, e pessoas, outras pessoas. E de tudo isso resta o sentido, aquele da espera, a espera pelo sentido das coisas. Só sei que existe, em algum lugar eu sinto, e dentro de mim lágrimas quentes, como algumas noites, vão enchendo cada espaço mas não transbordam, só nas vezes que eu me transformo em água, secando logo. Então no mundo eu tive, e tenho, que transar de tantas coisas. Menina, tão assim, tão assim...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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2 comentários:
Adorei seu texto, menina, criança, não sei...
Sei que me tocou, encontrar sem querer, ao procurar referências sobre "Dois barcos", um blog tão simples, mas de linhas tão bonitas e inteligentes, de alguém do Pernambuco de onde vim, mas que não conheço.
Escreva mais!
Um beijo.
Que lindo o texto puxa!!
conhecendo bárbara como conheço, sei que tudo o que ela escreveu é verdade e que tudo são sentimentos incrivéis que ela guarda dentro de si.
Só posso dizer que ela é o amor,ela é o amor...No mundo que quer nos engolir, ela é o amor, ela é o amor...
Te amo!
Nina.
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