sábado, 18 de outubro de 2008

E muito.

Não importa o quanto algo está te machucando, às vezes dói mais deixar pra lá.

Sabia?

sábado, 27 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quem canta essa música aí embaixo é Seu Jorge, muito massa meu povo!

Tive razão

Tive razão
Posso falar
Não foi legal, não pegou bem
Que vontade de chorar, dói
Em pensar que ela não vem, só dói
Mas pra mim tá tranquilo, eu vou zoar
O clima é de partida, vou dar sequência na minha vida
E de bobeira é que eu não estou,
E você sabe como é que é, eu vou
Mas poderei voltar quando você quiser.
Demorô vai ser melhor...

domingo, 7 de setembro de 2008

Ela não sabia nadar

E naquela noite morreu afogada nele.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Estrela Natureza

Estrela natureza precisamos demais
De ter sempre por perto
Na calma e santa paz
Nos morros e nos campos
No sol e no sereno
Zelando por florestas
Cuidando dos animais
Mulher, e Mãe de todos
O que será de nós
Se a força do inimigo,
Calar a tua voz
Que sai dos passarinhos
Dos mares e dos rios
Dos vales preguiçosos
Dos velhos pantanais.


-Sá e Guarabira-

domingo, 10 de agosto de 2008

Isso acontece muito, Mariazinha.

Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Doce Bárbara

"Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim..."

Estranho demais isso. Essa minha mania de achar tudo estranho. Estranho demais isso.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A alma da gente é uma máquina complicada.

A possibilidade, digo habilidade de fazer escolhas é uma arma perigosa, ou será que nossa consciência que é perigosa? A ALMA DA GENTE É UMA MÁQUINA COMPLICADA. Eu sei que isso não vai passar nunca.

Acontece que todos os dias eu dou um passo à frente e não sei mais quem eu sou, me perco, é como se me vendassem por dentro. O lugar-comum de tudo que me está entranhado nos poros é a minha habilidade de não encontrar respostas.

Beijos.

Bárbara Sotero.

terça-feira, 29 de julho de 2008

O quereres

Eu queria querer-te e amar o amor
construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação
tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
e vê só que cilada o amor me armou

-Caetano Veloso-

domingo, 27 de julho de 2008

Queixa

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

-Caetano Veloso-

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Jorge de Capadócia

Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge, para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem.

terça-feira, 22 de julho de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

Os punhos e os pulsos cortados

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes.

Que nada aconteceu

Ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser.

Waiting

From de very first time I blessed my eyes on you...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O post de baixo...

...faz um sentido bruto.

Qualquer Coisa

Esse papo já tá qualquer coisa
Você já tá pra lá de Marrakech

Mexe
Qualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doida
Dentro mexe
Não se avexe não
Baião de dois
Deixe de manha, 'xe de manha, pois
Sem essa aranha! Sem essa aranha!
Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carro
Nem o sarro aranha a Espanha
Meça: Tamanha!
Meça: Tamanha!

Esse papo seu já tá de manhã.
Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer
coisa
E você tá pra lá de Teerã

-Caetano Veloso-

terça-feira, 15 de julho de 2008

Vai minha tristeza

E diz a ela que sem ela não pode ser.

Joga!

Um balde de água na minha cabeça
E depois ria da minha cara.

domingo, 13 de julho de 2008

Funk

Como le Gusta

Canto de Ossanha

O homem que diz "dou" não dá, porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai, porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é, porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá, porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou

Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer

Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

-Vinícius de Moraes-

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Metade

O modo como eu sacudo os cabelos e leio, como se eu não estivesse só em momento algum, já que eu possuo, sou dona, senhora absoluta de minhas idéias, pelo menos tento acreditar nisso, e nesse momento exato, parece que que renasço, renasço porque o sono não vem, e vejo que minha matéria não controlo, não sou dona, muito menos senhora absoluta, quem é que pode se dizer dono de tamanha efemeridade? Há tempos escrevi sobre o passado, e ele me foi efêmero, então hoje leio coisas que me invadem a pele, eterno desejo por um sentimento que se entranhe, mas eu amo, amo de amor branco, amo momentos efêmeros, amo, amor de quem tem dúvidas, de quem por vezes é incrédula demais, mas não me venha falar de niilismo, minhas dúvidas são outras. E eu continuo sacudindo os cabelos enquanto leio, assistida, assistido o meu desejo pela metade, bem como meu sorriso, meio sorriso, meia boca impressionada.

Scrapbook

"I've grown certain that the root of all fear is that we've been forced to deny who we are." -- Frances Moore Lappé

domingo, 6 de julho de 2008

Direto do livro.

Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.

-Clarice Lispector-

sábado, 5 de julho de 2008

Sem razão.

Vou
Não vou
Paro
Penso, repenso
Vou
Não vou mais uma vez
Icógnita
Vou
É merecido
Vou não
Minha nossa senhora
Perguntas
Vou fazê-las
Vou não
E aquilo? Passou
Vou
Não vou
Reciprocidade
Te aqueta, menina!
Vou
Não vou.

-Bárbara Sotero-

Bai está certa.

Todo mundo tem um pouco de verme dentro de si, acredita ela.

E eu assino embaixo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Não era mais uma menina com um livro:

Era uma mulher com o seu amante.

-Clarice Lispector-

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Minha cara.

Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua

-Lenine-

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Soon

She needs to find a way for what she wants to say...

Conversa

Tantas dores já se foram, outras tantas tomaram o lugar daquelas.

Olhe,

às vezes sou eu que não acredito.

domingo, 29 de junho de 2008

É alma.

"Eu não tenho enredo de vida? sou inopinadamente fragmentária. Sou aos poucos. Minha história é viver. E não tenho medo do fracasso. Que o fracasso me aniquile, quero a glória de cair. Meu anjo aleijado que se desajeita esquivo, meu anjo que caiu do céu para o inferno onde vive gozando o mal".

(Clarice Lispector)
And now, Joseph?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

É de Clarice, mas hoje é meu.

"Se tudo existe, então eu sou. Mas por que esse mal estar? É porque não estou vivendo do único modo que existe para cada um de se viver e nem sei qual é. Desconfortável. Não me sinto bem. Não sei o que é que há. Mas alguma coisa está errada e dá mal estar. No entanto estou sendo franca e meu jogo é limpo. Abro o jogo. Só não conto os fatos da minha vida: sou secreta por natureza. O que há então? Só sei que não quero a impostura. Recuso-me. Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado".

Não é sangue de menstruação.

Eu vou engolindo tantas coisas, engulo naturalmente como quem engole saliva, mas de uns dias para cá me veio a necessidade de engolir a perfeição, entrou disforme, talvez amorfa, quiçá inexistente. E teve um gosto ácido, corrosivo de corrosiva, e o sentido cada vez mais distante, viajando no meu sangue, e se distanciando do meu coração, mas ele volta. Ele volta porque "o sentido dele está em ti, Maria". Eu ouvi, ouvi com ouvidos de coração, que Vinícius nos falava da solidão, ouvi e guardei numa caixinha, pra misturar com o sangue depois, para ver se de alguma forma aquilo não me deixasse nunca, se entranhasse em mim, nem que abrisse milhares de feridas, mas que entrasse, inflamasse, produzisse pus, e doesse, mas doesse muito, de modo que eu me sentisse viva, e que soubesse que isso é pele, é sangue, é suor, e não só árvore e carvão. Então foi noite logo, e já era dia, e foi noite mais uma vez, e outra mais, e mais, e mais, nada sangrou, nem doeu, somente esta despersonalização sem fim, monstruosa, enorme, que já não me deixa sentir nada, e nada sangra, nem se renova, nem inflama. Logo agora, que eu me sinto capaz de lamber minhas feridas.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Necessário

E de tudo isso resta o sentido, aquele da espera, a espera pelo sentido das coisas. Só sei que existe, em algum lugar eu sinto, e dentro de mim lágrimas quentes, como algumas noites, vão enchendo cada espaço mas não transbordam, só nas vezes que eu me transformo em água, secando logo. Então no mundo eu tive, e tenho, que transar de tantas coisas. Menina, tão assim, tão assim...

Uma vez mais.

Porque sente, não sabe como, simplesmente sente que seus olhos marejam por qualquer coisa, e que lá no fundo nada anda fazendo sentido direito.

piece

Quando você sabe que está mal, tristeza boba apertando dentro do peito, em busca de qualquer sorriso de qualquer pessoa, ou qualquer piada sem graça, que ainda sim você sabe que irá rir.

Por causa de você

Pois você passa e não me olha
Mas eu olho pra você

Você não me diz nada
Mas eu digo pra você

Você por mim não chora
Mas eu choro por você

sábado, 21 de junho de 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sorry

I don't wanna hear
I don't wanna know
Please don't say sorry

domingo, 15 de junho de 2008

O tempo passa.

Conversando frivolidades.

=D

sábado, 14 de junho de 2008

Filme

"Aqueles casais que se ignoram na vida e se cantam no bar".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

São tudo pequenas coisas e tudo deve passar...

Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui

Né?

Chutar o pau da barraca
Se jogar

E se lembrar que existe segunda-feira.

sábado, 31 de maio de 2008

Corrosiva.

Foda-se.
Simplesmente foda-se.
Puramente foda-se.
E mais nada.
Porque às vezes dá um nostalgia que eu não sei de onde vem.
E eu sinto muita raiva.
Porque o mundo muda.
E ele tem que mudar tanto. Mas tanto.
E o coração meu não aguenta.
Destruição.
Auto-destruição.
Bombas, bombas e mais bombas espalhadas pela casa.
Campo minado.
Chão.
Céu.
Sol.
Chuva.
O tempo muda.
A gente muda.
E meu coração já não aguenta mais.
Ninguém fala nada.
Grita! Grita muito! Abre o berreiro.
Faz a voz arroucar.
Eu estou pedindo, grita.
Coração meu já não aguenta mais.
Confusão.
Coração.
Emoção.
Ilusão.
Eu pedi pra gritar.
Foda-se.
Já nada importa.
Até agora.
Foda-se.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Perfeição

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Tanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dor

Mas eu parto do pressuposto que a gente conquista as coisas tão devagar, em cada coisinha que a gente faz no nosso cotidiano, no apoio que a família da gente dá, em estudar pra uma prova, ou simplesmente ler um livro porque acha que vai se tornar uma pessoa melhor, mesmo que não vá, mas acreditar é bom.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

...

E um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar num bar
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Não se pode ter tudo na vida.

Mas aí também eu não sou obrigada a não ter nada, né?

E tenho dito!

domingo, 4 de maio de 2008

Grande questão

Será que a borboleta nega a lagarta que um dia foi?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Status: ausente

O blog tá um pouco abandonado por um tempo determinado, já que eu preciso organizar meus estudos antes que a faculdade me endoide...
...rapadura é doce, mas não é mole não...

domingo, 6 de abril de 2008

Clube da Luta

"Escutem seus vermes, vocês não são especiais, vocês não são uma beleza única, vocês são a mesma matéria orgânica podre, como todo mundo. Somos a merda ambulante no mundo, somos todos parte do mesmo adubo."

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Porque só o que pode acontecer...

...é os pingo da chuva me molhar
...é os pingo da chuva me molhar
...é os pingo da chuva me molhar

segunda-feira, 31 de março de 2008

Fragmento

Pintei minhas unhas de vermelho, vou vestir preto amanhã, meu quarto tá uma bagunça, as roupas demoram a secar nesse tempo de chuva, caiu a borrachinha do meu aparelho, tá tudo confuso aqui dentro, queria ouvir Chico Buarque, eu vejo rato onde não tem, o sono não chega, as cartas não chegam, e eu tenho que dormir.

...atravessou a rua com seu passo tímido.

sexta-feira, 28 de março de 2008

quinta-feira, 27 de março de 2008

Você não entende nada

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você não está entendendo
Quase nada do que eu digo
Eu quero ir-me embora
Eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suita eu tomo
Bota a sobremesa eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo

-Caetano Veloso-

segunda-feira, 24 de março de 2008

Oh, I beg your pardon!

A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon!" Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gosta de gatos, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gatos se fosses eu?”

domingo, 23 de março de 2008

Eu não estou aqui, isso não está acontecendo.

Quando alguma coisa tem que dar errado na sua vida, ela simplesmente dá, e as coisas tendem normalmente a serem muito injustas, sabe quando algo lhe diz "fica em casa, fulano!", e você não dá ouvidos a esse algo. Quando você sabe que está mal, tristeza boba apertando dentro do peito, em busca de qualquer sorriso de qualquer pessoa, ou qualquer piada sem graça, que ainda sim você sabe que irá rir. Você sai de casa sem esperar grandes coisas, na verdade nem as quer, simplesmente a necessidade é deixar as coisas fluirem, na sua perfeita normalidade, porque sente, não sabe como, simplesmente sente que seus olhos marejam por qualquer coisa, e que lá no fundo nada anda fazendo sentido direito. Nessas horas sempre tem um promotor que não quer ouvir sua defesa, e um juiz que quer lhe condenar a qualquer custo, sempre!
Pois é, quando tudo se encaixar nas características acima, não saia de casa. Conselho meu.

sábado, 22 de março de 2008

Eu exijo!

Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?

sexta-feira, 21 de março de 2008

Que se passa?

Achei o passado em livros, fotos, escritos, cartas, em armários empoeirados, em gavetas emperradas, achei o passado bem guardado em algo que não tem nome, algo dentro de mim, achei o passado e isso me custou tanto, trouxe consigo sabores estranhos, um quê de amargo, mas escrever é doce, o passado tão presente como agora, o agora que não tarda em ser passado. Achei o passado em vozes cantadas, em palavras rimadas, em lágrimas secadas, em risos calados. Achei o passado, encontrei-o vivo, achei e pensei o passado. Passado agora morto e enterrado. Tão vivo cá dentro, mas passado.

domingo, 16 de março de 2008

Ai...

...que vontade de chorar! Transformo-me em água uma vez mais.

mundo louco

esquece bárbara
some
manda se foder
ódio
e vive tua vida

quarta-feira, 12 de março de 2008

A resposta.

Que importa o sentido se tudo vibra?

domingo, 9 de março de 2008

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Odara

Deixa eu dançar pro meu corpo ficar odara
Minha cara minha cuca ficar odara
Deixa eu cantar que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo jóia rara
Qualquer coisa que se sonhara
Canto e danço que dara

-Caetano Veloso-

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Pedido

"Dá-me vinho, porque a vida é nada."

-Fernando Pessoa-

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Just a little piece

Quero livros, música, filmes, paixões, bebidas, lugares e desejos, tudo sem culpa alguma, livres. E isso ainda não tem nome. Enquanto isso eu vou vivendo a eterna busca pelo sentido das coisas. Encontrando pessoas erradas a cada esquina, tudo tão direito, e eu aqui gauche. Quem é você? Qual são os seus sonhos? Nadica de nada, ninguém responde, ninguém diz. Ai os homens, uns chatos irremediáveis, e eu aqui falseando tudo, cansando de me fechar em concha, querendo que todos se explodam. Desarmada, exposta, observada. E simples, até o talo. Debruçada na cama, empunhando um lápis, rodeada de livros, papéis, cartas, canetas, cd's, fotos, tabuleiros de xadrez, vivências, medos, inseguranças, roupas coloridas, lembranças, vergonhas, músicas, sorrisos, choros também, certa inquietude. Meu quarto está vivo, o mundo é meu. O objetivo agora é pensar. Amanhã é segunda, who cares? Semana começando e com ela um desejo enorme de mudanças, evoluções e experiências, internas. A concha que se fecha, o casulo que se rompe, em perfeita sintonia, dentro de uma pessoa só. Eu. Afinal está claro que o egocentrismo passeia por cada linha, e que hoje eu estou absolutamente egoísta, egocêntricaa, individualista. Desejosa de tantas coisas.
"Eu que controlo o meu guidom" e minhas unhas estão vermelhas de novo, e essa semana eu bebi vodca.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Elas.

Acho que dez ou mais sorrisos ou choros, não sei ao certo, indicaram que eu já não sabia onde começava uma Maria e terminava a outra. A Maria que chora, e a que sorri, abraçando assim quantas delas se pode abraçar. Uma para cada momento. E são momentos como esses, os quais já se conhecem os braços, que de preciosos brincam, se pintam. Chora quando é para sorrir. Sorri quando é para chorar. Complica, naturalmente.

Que graça, Maria! Foi do tempo que eu roubei o desapego.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Somos todos tão bobos, Maria.

Sorriso dolorido hoje.
Riso frouxo.
O teto ao longe, demais.

E dos sorrisos, o dolorido, aquele que já falei, teimei, e ele fez birra comigo. Porque a vida é aquela insistência em sorrir, quando as bochechas doem, e de explicar a vida, acabamos por bobos, querendo aquilo que não se pode querer, nem explicar.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O teu futuro é duvidoso

Quem tem um sonho não cansa...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Little favor

Another cigarette, please.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Amor sob vontade

Já dizia Raul Seixas, e também foi uma voz grave que um dia me cantou "venha, meu coração está com pressa". Desde que o mundo é mundo se canta, fala, grita, chora o amor. E é sobre ele que te escrevo, não me calo, desenho o amor em todas suas formas, pinto o amor em todas suas cores. E lua nova certa noite me veio falar, mas de tão nova julgou-se rota, por conseguinte o amor me veio roto também, naturalmente. Então das paixões, atávicas como só eu as devo possuir, venho a registrar o amor. Tão dolorido, branco, e negro as vezes. O amor me foi uma lágrima quente, me foi euforia, me foi auto-flagelação, me foi auto-desprezo, me foi aquilo que eu te juro com os pés juntos que desconheço, como eu só. Amor sob vontade, Raul, sábio Raul, que eu ouso questionar, e um dia irei descobrir das verdades a maior. Te falei sobre o amor, que belo! E foi um outro alguém que disse "Perdi-me muitas vezes pelo mar, como me perco no coração de alguns meninos".

Mas aqui só quero mencionar Raul, que meu pai ensinou-me a gostar.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Considerações

Eu nunca disse que seria bom, fácil ou gostoso.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

péum péum péum

Deixa o frevo rolar
Eu só quero saber
Se você vai brincar
Ai meu bem sem você
Não há carnaval
Vamos cair no passo
E a vida gozar

A flor da terra

Que é feito aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dia de Matrícula

Então hoje eu fui fazer minha matrícula na UFPE, tô toda feliz aqui. Esqueci de levar a ficha cadastral, ou melhor, pensei que poderia pegar lá, então um futuro colega de classe me disse que tinha que ter trazido de casa, me desesperei. Liguei para Tia Fatola que trabalha lá, ela imprimiu e foi levar pra mim, agradeci tanto, tava toda nervosa lá. Mas ao final deu tudo certo, preenchi lá a tal ficha, cheguei a conclusão que não sei nem o número do meu RG, quanto mais do CPF, que dirá do título de eleitor! Tenho que decorar, tô virando gente grande! Ontem eu fui no banco e no cartório, vê pra isso! Brincadeiras a parte, pense num saco os ataques de "cartões universitários moça?!", "não, obrigada, não estou interessada", "não, eu realmente não estou interessada!" "obrigada mas eu não quero um cartão universitário" "qual a lógica de eu fazer esse cartão se eu vou bloquear depois" "não, não me importa o limite de crédito, eu realmente não quero" "EU JÁ DISSE QUE NÃO ME INTERESSO POR ESSA DROGA DE CARTÃO UNIVERSITÁRIO!" hahahahahahahaha
Tudo bem, deve fazer parte. Pois bem, é isso, feliz da vida eu estou hoje! =P

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

É bobice Maria da Graça,

disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Conclusão.

Intimismo bobo, esse.

Ser no mundo.

Ter no mundo, ser o mundo. Porque eu sei da piscina, e nos últimos tempos é preciso saber de tantas coisas. Seres humanos surpreendendo, tão vermes, tão lindos, tão sujos, tão amáveis. Então vens para me dizer das pílulas, remédios, não a soma, e sim aqueles que são, ou pelo menos parecem ser, músicas, os olhares cheios de si, cheios de mim também, porque alguém costuma encher todos os lugares, de algo que completa, talvez um sentimento, uma névoa prateada, a piscina, a margarina. E esse jeito de andar que não me é estranho me incomoda. Aquela garota das experiências vem me visitar de tempos em tempos, um dia ela me disse que são precisos dois ou três acordes para fazer um torpor. Eu não acreditei, ainda. Há quem diga das confusões que sou capaz de causar, eu também não acreditei, ainda. O amor branco não me deixou, e sendo assim eu acordo, paro, penso, penso, penso tanto, e concluo que me enojas, enojas até àqueles de amor branco, não ouso dizer isso ser bom ou ruim. Eu sou o mundo, o mundo é meu, e essa não é uma ocasião de vaidade, é a verdade. E eu não estou cheia de dor, porque esse limite vai além da dor que já nascemos com ela, intrínseca, atávica, a dor que nunca vai sair de dentro da gente, a dor que nos acompanha desde a luz. A dor do costume.

Confesso que pensei em mudar, no entanto calma, eu não te faria esse agrado. Eu não presto.

Conversa

Não saberíamos então
Eu vou agora
Mas volto
E tu me promete que volta também
Não agora
Quando quiseres
Em todos os cantos que você consiga estar num mesmo espaço de tempo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Que eu não sei medir nem tempo e nem medo

E se eu for o primeiro
a prever e poder desistir do que for dar errado?

Ora, se não sou eu quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão.

Se o que eu sou é também
o que eu escolhi ser, aceito a condição.

Vou levando assim.
Que o acaso é amigo do meu coração
Quando falo comigo, quando eu sei ouvir...

-O Velho e O Moço-

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Eu tinha que postar isso aqui!

NOME:
BARBARA SOTERO CAIO GONCALVES

CURSO:
GEOGRAFIA/BACH/UFPE/RECIFE

SITUACAO:
CLASSIFICADO


SITUAÇÃO DO CANDIDATO
Situação: CLASSIFICADO
Média do Candidato: 6.1808
Colocação Geral: 1846º
Colocação no Curso: 20º
Maior Média do Curso: 7.4124
Menor Média do Curso: 5.4370

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Menina

Eu, menina. Eu, criança.
Vivendo, eu. Foi quando disse que não mais saberia dizer o que quero. Porque de repente tudo mudou, e ninguém me avisou nada. Foram tantos sentimentos, tantas sensações, explosões, o mundo virou de cabeça pra baixo, o mundo girando, na verdade ainda o faz. No entando, menina, não te preocupes. É que ela quer muito, um querer sem rumo, sem sentido, sem ocasiões, um querer bem, um querer mal. Uma vontade de abraçar o mundo não importando os braços serem curtos demais. A calçada, o vinho, os cigarros, a pessoa, que também quer demais, e que é tão diferente nas semelhanças. A casa, o espelho, a cerveja, Caetano Veloso, a conversa, o riso solto, e a pessoa tão despreocupada, tão bela. O pátio, a cerveja cara, a proibição, a paciência, as melhores sensações, o céu do meu Recife, o som do meu Recife e a pessoa explicável. A casa, as pessoas mais lindas, as músicas erradas, a dança, a felicidade, os sorrisos e o amor acima de tudo. Compreensão, menina, compreensão. A rua, o samba, a roda, as bebidas, o incômodo, e pessoas, outras pessoas. E de tudo isso resta o sentido, aquele da espera, a espera pelo sentido das coisas. Só sei que existe, em algum lugar eu sinto, e dentro de mim lágrimas quentes, como algumas noites, vão enchendo cada espaço mas não transbordam, só nas vezes que eu me transformo em água, secando logo. Então no mundo eu tive, e tenho, que transar de tantas coisas. Menina, tão assim, tão assim...

Rá!

De qualquer jeito tá tudo sempre bom, tá tudo muito bem, tu não tás vendo que eu não vou me preocupar?!

ÔR!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sem conserto

O tempo entrou em coma, perdi minhas memórias e nem percebi...

-Maquinado-

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Open your arms!!!

"Mesmo que você diga que não, é sim que eu sei." É, talvez seja sim sim! Mas eu não vejo muito o que posso fazer, pela segunda vez eu venho com aquela frase, tão sábia frase: "Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver". E olhe que hoje é dia de atirar palavras a esmo, então vamos lá. É que eu nunca fui muito de acreditar em horóscopo, signos, planetas, lua, elementos naturais dando certo rumo a sua vida. Mas de uns dias para cá estou me sentindo muito ariana. E realmente sou ariana, nasci em Abril. E como todo ariano eu quero tudo pra já, quero tudo pra mim, e me canso de tudo. Canso? Canso sim, e rápido. Signozinho estranho esse, não? Mas não foi para discutir a influência do fogo no meu dia que eu lhe chamei aqui hoje não. Foi só a deixa que eu achei por bem utilizar para tentar falar disso. Não que isso me incomode, mas eu gosto de falar. É que penso que esse cansar de tudo tão rápido, aliado a um certo despreendimento (se é que essa palavra existe), me fazem ter a certeza que eu nasci na época errada. A verdade é que me canso dos humanos, de suas regras, de seus valores, que julgo errados, e tento me rebelar, e me preocupo com aqueles que jamais se preocupariam comigo. Queria mesmo era os anos 60 de volta, vou inventar uma máquina do tempo. Quero viver minha vidinha, tomar minha cerveja, escutar uns discos, conversar coisas legais com pessoas legais, discutir sonhos, planos, e o agora também. Não quero preocupações. Mas veja bem, existem preocupações e preocupações. E eu sei com o que devo me preocupar e com o que não devo. Mesmo que as vezes tenha que ouvir que as vezes troco a ordem dos fatores alterando o resultado. Mas e dái? Não quero que ninguém me entenda mesmo, e nem quero entender ninguém, cada cabeça é um mundo. E assim creio que vamos nos entendendo e vivendo também. E se querem julgar, que julguem a querida mãezinha, beleza?

Que fique claro que essa carapuça não vai servir a ninguém. Enfim, cansei de explicações.